E este é o grande problema dos sistemas de saúde estatizados: é impossível fazer uma administração racional dos recursos.
De um lado, dado que o dinheiro advém de impostos e não da qualidade dos serviços ofertados, não há um sistema de lucros e prejuízos a ser seguido. Logo, não há racionalidade na administração. Com efeito, nem sequer é possível saber o que deve ser melhorado, o que está escasso e o que está em excesso. Não há como inovar ou se tornar mais eficiente.
De outro, quando algo passa a ser ofertado "gratuitamente", a quantidade efetivamente demandada sempre será maior que a ofertada. E aí escassez e racionamento tornam-se uma inevitável rotina.
Ou seja, a oferta, além de ser limitada, é ineficiente e irracional, pois não segue um sistema de preços. Já a demanda tende ao "infinito", pois o custo é zero.